quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vaias e clima de guerra podem levar Wagner a desistir do 2 de Julho


Os professores não pouparam Wagner em Cachoeira
REDAÇÃO DO
JORNAL DA MÍDIA
Apesar de o deputado Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, ter garantido ontem que o governador Jaques Wagner não pensa em deixar o cortejo de 2 de Julho, são cada vez mais frequentes nos meios políticos os indicativos de que Wagner estará ausente. O clima de verdadeira guerra contra Wagner, que ficou mais uma vez evidente ontem em Cachoeira, onde foi vaiado por manifestantes da greve dos professores, se alastra em várias regiões do estado. E em Salvador, a situação é bem pior.
Nas redes sociais, Wagner é o assunto mais discutido no Facebook. Em vários grupos, como o “Xô Corrupção” e o “Professores da Bahia”, surgem inúmeras manifestações contra o governo, a maioria convocando internautas para não economizarem nas vaias no governador no 2 de Julho.
Em Cachoeira, Wagner ficou incomodado com as vaias dos manifestantes e não foi a Te Deum. Lídice da Mata era só tristeza, Otto Alencar só olhava para o chão e o líder Zé Neto pagou o pato do lado de fora
É bom lembrar que o governador Wagner foi vaiado pela primeira, desde que foi eleito, justamente no cortejo de um 2 de Julho. Foi em 2007, quando tinha somente sete meses no governo. As vaias partiram dos professores, na época em greve. O líder do movimento era o mesmo de hoje: Rui Oliveira, presidente da APLB.
Ontem em Cachoeira o clima foi tenso e constrangedor para Wagner e a equipe do governo. O governador não compareceu ao Te Deum, culto que exalta os heróis da Independência, quebrando uma tradição dos anos anteriores. A segurança foi reforçada e os professores cantaram insistentemente a marcha da greve: “Ele é traidor…É traidor…É traidor. Governo ordinário…Não deu o piso e cortou o meu salário”.
As vaias ficavam cada vez mais intensas e a polícia fez vários cordões de isolamente. O líder Zé Neto era o mais visado. O vice-governador Otto Alencar olhava para o chão e a senadora Lídice da Mata, filha de Cachoeira, mostrava um semblante triste e de absoluta decepção.
Se em Cachoeira a manifestação causou tanto estrago e deixou patente mais uma vez o desgate do governo, imgina-se o que não poderá acontecer no cortejo do 2 de Julho, quando Wagner terá que percorrer cerca de cinco quilômetros por ruas estreitas, da Lapinha à Praça da Sé, cercadas de casarões de dois ou três andares, com o povo nas sacadas, tendo que enfrentar o Largo do Pelourinho, onde a concentração de populares costuma ser grande? Esta é a precupação de quem defende a ausência do governador do cortejo da Independência da Bahia 

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