terça-feira, 12 de junho de 2012

Secretário pede aos professores que avaliem proposta e retomem atividades

          A Secretaria de Educação do Estado da Bahia disse na tarde desta terça-feira (12) que lamenta a decisão da assembleia dos professores de manter a greve, que chega a 63 dias. Para a secretaria, a paralisação já ameaça o ano letivo.

“Esta decisão aumenta ainda mais o prejuízo dos estudantes, principalmente os dos 3º ano do ensino médio, que farão este ano a prova do Enem e de vestibulares”, disse o secretário da Educação Osvaldo Barreto.

O secretário convoca os professores da rede estadual que ainda estão paralisados a considerarem a proposta apresentada pelo governo e retomem as atividades em sala de aula.

A manutenção da greve foi decidida em assembleia realizada na manhã de hoje. Depois da reunião, os docentes saíram em passeata da Assembleia Legislativa, no CAB, até a sede da Secretaria de Educação. Eles entraram na sede da secretaria e cantaram músicas de protesto pelos corredores durante cerca de 20 minutos.

Os professores reivindicam o pagamento do aumento pleiteado de 22% ao longo de 2012, desde que este valor seja válido para todos os professores - de todos os níveis, incluindo aposentados e probatórios. Uma nova assembleia para avaliar os rumos da greve está marcada para a próxima terça-feira (19)

A proposta do governo concede aos professores licenciados promoção, por meio de curso, com ganho real de 7%, em novembro deste ano, e mais 7% em abril de 2013. Somando aos reajustes já concedidos este ano (6,5%), a proposta resulta em ganho total de 22 a 26%.

Segundo a Secretaria de Educação, o diferencial dessa proposta é associar o ganho com a formação para os professores licenciados. Paralelamente, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) impetrou recurso para derrubar a liminar que autoriza o pagamento dos salários dos professores grevistas.

Aulas até janeiro
As aulas devem seguir até janeiro para pelo menos 518 escolas da rede estadual. A avaliação da Secretaria de Educação leva em conta os colégios que estão em greve há mais de 20 dias.

“Mas isso não descarta as outras escolas. Cada diretoria regional fará um calendário de reposição dependendo de sua situação”, afirma a superintendente de Avaliação e Acompanhamento Escolar da SEC, Enir Bastos.

Ela diz que há três possibilidades de repor as aulas: utilizar os sábados, extinguir as férias de julho e usar o período de dezembro e janeiro. De acordo com a SEC, das 1.412 escolas estaduais na Bahia, 542 (38%) ainda estão em greve e 176 funcionam parcialmente (13%).

A legislação obriga o estado a cumprir, no mínimo, 800 horas de aula distribuídas em 200 dias. Correio da Bahia.

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