quinta-feira, 14 de junho de 2012

Professores negam invasão à secretaria de Educação na Bahia

Um dia após o secretário de Educação da Bahia, Osvaldo Barreto, acusar os professores grevistas de terem invadido as dependências do órgão, a APLB Sindicato, entidade que representa os docentes da rede estadual, paralisados há 63 dias, negou que tenha ocorrido a ocupação. De acordo com a professora Marilene Betros, dirigente da entidade, os manifestantes foram ao local apenas para fazer panfletagem.
"Saímos da assembleia e fomos para lá com a intenção de fazer um movimento de panfletagem junto aos servidores. Houve aquela tensão, empurra-empurra, mas não houve nenhum dano. Fizemos a nossa panfletagem e fomos embora pacificamente", argumentou a docente grevista.
Porém, imagens de câmeras de TV que acompanharam a manifestação flagraram bate boca, correria por escadas, brigas com seguranças, derrubada de estruturas e colagem de adesivos em diversas portas, incluindo a do gabinete do secretário.
Barreto não estava no órgão no momento da invasão. Mais tarde, se disse entristecido e afirmou que os professores agiram em ato de vandalismo, lamentando o fato. A professora discordou do secretário e disse que a fala do administrador saiu devido a uma situação de nervosismo e que, na verdade, ele não classificaria conscientemente o movimento como integrado por vândalos.
Nesta quarta, o movimento completou 63 dias em greve e não há previsão para o retorno das aulas e nem para um eventual calendário de reposição. A proposta do movimento é o governo parcelar o aumento de 22,22% pretendido pela categoria ao longo do ano. O governador Jaques Wagner, contudo, quer dar aumentos nos meses de novembro de 2012 e abril de 2013, somando 7%.
Para isto, os professores que hoje estão na categoria "A" passariam para "A1", em progressão que representa um aumento entre 22% e 26% até 2013, incluindo os 6,5% e 11,5% já anteriormente concedidos à categoria. Há também a obrigatoriedade de se fazer um curso à distância para merecer o benefício. Além de negarem esta proposta, os professores também querem que a lei 12.587, que transforma os salários dos docentes em subsídios, seja revogada.

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