quarta-feira, 13 de junho de 2012

Professores da Bahia em greve podem ser expulsos pela polícia da Assembleia Legislativa - diz O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo


Marcelo Nilo pode usar a força da PM contra os professores
Salvador – O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, afirmou nesta quarta-feira (13), que pode solicitar o apoio da Polícia Militar para expulsar os professores das instalações da casa. Nilo acusou os grevistas de agressões “verbal e física” contra os deputados governistas e de atrapalhar os trabalhos legislativos.
“Vou chamar a APLB para uma conversa e se eles continuares ofendendo os deputados vão ter que sair”, sustentou Nilo.
Sobre a concocação da Polícia Militar, Marcelo Nilo explicou:
“Tudo tem limite. Eles (os professores) perderam o controle totalmente, até agrediram fisicamente o deputado Sargento Isidoro. Os funcionários reclamam que não conseguem trabalhar. Eles vão ter que entrar em acordo. Se pararem de ofender, podem continuar (na Assembleia”, disse.
A APLB/Sindicato disse que a entidade não tem conhecimento da agressões apontadas por Marcelo Nilo. “Os professores não agridem ninguém, mas se for preciso vamos fazer uma reunião com os docentes que estão concentrados na Assembleia Legislativa”, comentou Rui Oliveira, coordenador da APLB.
Os professores que estão acampados na Assembleia estão na expectativa de uma possível expulsão da categoria do local. De acordo com eles, policiais militares que trabalham na Casa estão rodando a área ocupada pelos docentes. Eles também alegam que cortaram o ar condicionado e a televisão do espaço utilizado por eles.
64 dias de greve – Com salários cortados há dois meses pelo governo, os professores do Estado completaram hoje 64 dias em greve e 1,1 milhão de alunos estão sem aulas na Bahia. A categoria reivindica reajuste de 22,22%. Eles alegam que o governo fez acordo com os professores, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores.
No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio. Na última terça-feira (29), conseguiram uma liminar da Justiça que determina o pagamento dos sálarios do mês de abril e maio, que estavam suspensos. O Governo da Bahia informou que iria recorrer da decisão.

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