terça-feira, 12 de junho de 2012

Professores da Bahia decidem manter greve que completa 63 dias

São 63 dias de greve e 1,1 milhão de alunos sem aula. Na assembleia, muitos protestos contra governo do Estado.
Salvador – Os professores da rede estadual de ensino  decidiram pela manutenção da greve da categoria, que chega ao 63º dia, deixando sem aulas 1,1 milhão de alunos na Bahia. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada em frente ao prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo. Durante a assembleia, além de decidir pela manutenção do movimento, a categoria confeccionou um documento, que deverá ser protocolado junto à Governadoria, com as reivindicações dos professores. “Nós queremos negociar diretamente com o governador, vamos buscar isso”, pontua Betros. “O governo não apresentou a contraproposta para o que foi apresentado há uma semana. Nós pedimos 22,22%, a ser repassado já durante este ano, mas o governo quer repassar o valor em parcelas até o próximo ano, além de não contemplar professores aposentados e em estado probatório, por exemplo”, explica Marilene Betros, coordenadora do sindicato da categoria.
Marilene assegurou que até agora não houve uma negociação direta entre sindicato e governo. ”Queremos uma linha direta de negociação com o governo, e não por intermédio de outros órgãos, como a Secretaria de Administração”, acrescenta a coordenadora.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto negou seguimento ao recurso do Governo da Bahia que pretendia suspender a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA) determinando o pagamento dos salários dos professores estaduais.
A decisão do Supremo foi proferida na sexta-feira (8). Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o recurso foi considerado “incabível”, por isso, o mérito não será apreciado pela Corte. A Procuradoria Geral da República (PGE), que demandou o recurso do governo, afirma que mérito deve ser direcionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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