quarta-feira, 20 de junho de 2012

Professores baianos são convocados para voltar às atividades


O Diário Oficial do Estado da Bahia publicou na terça uma convocação feita pela Secretaria Estadual de Educação (SEC) para que professores retornem às atividades para lecionarem aos 22 mil estudantes do terceiro ano, em Salvador. O objetivo é priorizar os alunos que prestarão vestibular este ano, por causa da greve dos professores estaduais que já dura 71 dias, não poderão repor as aulas até janeiro.
A decisão vai atingir 545 professores concursados, mas que ainda não foram efetivados, e 706 em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), que apresentam contrato temporário.
O professor de Filosofia da rede estadual de ensino, Hilton Leal, disse durante o cadastramento dos 1.200 docentes convocados que eles só vão retornar para as atividades por que foram obrigados. “Isso não significa dar uma aula de qualidade. Não há planejamento, não há organização”.
A Secretaria de Comunicação do governo (Secom) diz que esses alunos devem retornar no dia 25.
Enquanto na Bahia os professores foram solicitados à voltarem para seus cargos, em todo país as instituições federais de ensino profissionalizante entraram em greve
Além dos técnicos administrativos e professores das universidades federais, os professores dos institutos federais de educação profissional também estão em greve. A paralisação da categoria, que começou na semana passada, tem a adesão de profissionais de pelo menos 20 instituições, de acordo com balanço divulgado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Entre as revindicações do comando de greve estão a reestruturação da carreira, a criação de um piso para os professores de R$ 2,4 mil e a promoção imediata de concurso público para substituir servidores aposentados e acompanhar a expansão da rede federal de educação profissional.
Nas universidade federais, a greve completou um mês e tem adesão de professores de 55 instituições, segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes). Uma reunião entre o governo e o comando de greve estava marcada para a terça-feira, mas foi adiada pelo Ministério do Planejamento, possivelmente para a próxima semana.
A principal reivindicação dos professores das universidades federais é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu reajuste salarial de 4%, incorporação de parte das gratificações e revisão do plano em 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira.
O Ministério da Educação (MEC) informou que já tem uma proposta para apresentar aos grevistas, baseada na carreira dos servidores do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O novo modelo prioriza a dedicação exclusiva e titulação do profissional. Todavia, de acordo com o MEC, as reunião de negociação são de responsabilidade do Ministério do Planejamento.



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