sexta-feira, 8 de junho de 2012

Greve dos professores estaduais da Bahia " É a mais longa do estado "

A continuidade da greve dos professores da rede estadual, que dura 58 dias, superando o recorde anterior de tempo de paralisação da categoria, de 56 dias, registrado em 2007, causa polêmica. Até o momento, reuniões entre o comando da greve e o governador Jaques Wagner foram realizadas, porém a categoria decidiu continuar com o movimento.

Cerca de 1,1 milhão de alunos estão sem aulas no Estado, causando indignação aos pais e responsáveis. Na próxima terça-feira, os professores realizarão assembleia, às 9 horas, para decidir os rumos do protesto. 


Iniciada em 12 de abril, a greve dos professores estaduais foi marcada por rodadas de negociações e desacordos entre as partes envolvidas.

Seis dias após o início do movimento, os docentes decidiram acampar na Assembleia Legislativa (AL-BA) com o objetivo de pressionar o governo a conceder o reajuste linear imediato de 22,22% nos salários. Wagner declarou não ter condições orçamentárias e o governo concedeu o aumento apenas para professores que não tem curso superior, desagradando a categoria.

 
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, o recorde da greve ocorreu por causa da demora nas negociações.

“É inconcebível que o governo só tente acordo com os professores, após quase 60 dias. Quando ouve a greve da Polícia Militar no Estado, trouxeram coronel, general e muitas outras autoridades. Só que para a educação não é dada a mesma importância”, disse.

 
Durante última negociação com a categoria, Wagner consentiu promoção, por meio de curso online, com ganho real de 7%, em novembro de 2012 e mais 7% em abril de 2013, somado aos reajustes já concedidos este ano (6,5%), o que resultaria em ganho total de 22 a 26%.

Porém, os grevistas alegaram que cerca de 8 mil profissionais da área de educação não serão contemplados pela proposta. Entre eles estão professores aposentados, afastados por conta de licença médica e os recém concursados em estágio probatório. Cerca de 1,5 mil professores participaram da assembleia.
 
RETROSPECTIVA - De acordo com contagem realizada pela Tribuna, além das assembleéias, a APLB, organizou manifestações, panfletagens e caminhadas, em busca do apoio da população para o movimento. No dias sete do mês passado, o arcebispo, Dom Murilo Krieger foi chamado para intermediar as negociações entre Governo e professores, mas não houve acordo e a categoria organizou uma feira livre de hortifrutigranjeiros na Piedade, como forma de protesto.
 
No dia 9 de maio, quando a greve completava 30 dias, os professores fizeram caminhada da Praça do Campo Grande até a Municipal, chamada de Marcha da Família. O objetivo era protestar contra o corte do ponto da categoria, que atingiu inclusive professores aposentados.

No último dia 16, os estudantes organizaram-se no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em protesto contra a greve. No final de maio, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirmou que iria recorrer da liminar dada pela Desembargadora Lícia Laranjeira, que determinava que o Governo devolvesse aos professores grevistas os salários cortados.

 
Revoltados com o desamparo aos alunos, a Associação de Pais e Mães de Alunos da Escola Pública Serra Valle, organizaram protesto contra paralisação da categoria. “Tá todo mundo noticiando sobre as reuniões, assemble        ias e ninguém olha para a situação dos alunos e pais. Muitos iriam prestar vestibular ano que vem. Como vai ficar essa situação”, protestou Célia Maria Cardoso, 47 anos, mãe de um aluno da rede estadual.

Um comentário:

  1. Xuxa mellaynii10/6/12

    Eu ñ aguento mais eu axoo que vou sair dda escola
    pq minha amigas sairam tudo
    50 amigas sairam e 66 amigos sairam tambem!!

    ResponderExcluir