sexta-feira, 15 de junho de 2012

Greve de professores: Secretário Eestadual de Comunicação Robson Almeida diz que Fundeb não é a saída e acusa movimento de 'radicalismo' e 'agressividade'

O secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, teceu duras críticas à condução da greve dos professores da rede estadual de ensino, que completa 65 dias nesta sexta-feira (15), e às lideranças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), acusados de “radicalismo”, “falta de equilíbrio” e “agressividade”. “Falta equilíbrio por parte da direção do movimento porque fixou-se em uma única proposta – ou paga 22,22% este ano ou não volta para a sala de aula. [...] O movimento tem sido conduzido com um grau de agressividade incompatível com as próprias lideranças, muitas delas inclusive integram partidos que compõem a base do governo. [...] Existe um radicalismo sem controle”, afirmou em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, antes de fazer um apelo às “lideranças mais experientes para que conduzam uma avaliação racional e equilibrada do mérito da proposta”. A última proposição apresentada pelo governo do Estado prevê o pagamento do reajuste de 22,22% em duas parcelas – a primeira em novembro deste ano e a segunda em abril de 2013, na forma de “uma antecipação em forma de remuneração de progressão de carreira”, segundo o próprio Almeida, que representaria uma “diferença de apenas quatro meses”. “Essa proposta foi apresentada originalmente pelo presidente da APLB no dia 10 de abril, em uma reunião com representantes do governo. A diferença é que o sindicato exigia o pagamento em 2012 e nós propomos o parcelamento em duas vezes”, argumenta.
O secretário também comentou a polêmica em torno dos recursos do Fundeb, alvo de uma série de questionamentos por parte dos docentes e que voltou aos holofotes após o secretário da Fazenda, Luiz Alberto Petitinga, ter confirmado a existência de saldo contábil na conta. A explicação de que o valor seria fruto de problemas de registro e estaria destinado a procedimentos de restos a pagar não convenceu o líder da oposição, deputado estadual Paulo Azi (DEM), mas também foi a justificativa usada pelo titular da Comunicação. “Foi uma situação contábil em que as despesas efetuadas em 2011 não haviam sido abatidas em extrato. [...] Não é por aí a saída do problema dos professores”, declarou. De acordo com o último levantamento realizado pela Secretaria de Educação (SEC), as aulas ocorreriam normalmente em pelo menos 710 escolas do estado e, somente na última semana, 40 unidades de ensino teriam retomado o funcionamento normal. “O movimento tem força em Salvador e em grandes centros urbanos, mas na maioria absoluta dos municípios temos a normalidade”, afirmou Robinson Almeida, para quem a greve “já passou do ponto”.Greve de professores: Secretário diz que Fundeb não é a saída e acusa movimento de 'radicalismo' e 'agressividade'

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