" CIDADE ONDE NASCEU JORGE AMADO FOI ESQUECIDA " - MOSTRADA PELA REDE GLOBO EM APENAS 30 SEGUNDOS PELO PROGRAMA GLOBO REPÓRTER DO DIA 15/06/12

Itabuna só aparece nos noticiários nacionais, como referência em violência, roubalheira, corrupção, fatos em que o Itabunense se envergonha, mas não procura se manifestar, protestar.
Quando a cidade tinha a oportunidade de aparecer para o mundo, como a “cidade onde nasceu Jorge Amado”, fomos esquecidos.
No Globo repórter, exibido ontem pela Rede Globo, a edição do programa limitou-se a mostrar apenas 30 segundos da cidade, nada, comparada as mais de 5 horas de filmagens, entrevistas, pesquisas, testemunhadas por este que vos escreve. Ilhéus e Salvador, foram o foco da reportagem, claro sempre citadas nos romances de Jorge.
Este triste blogueiro, Ilheense de nascimento e Itabunense por opção, aguardava com ansiedade a exibição do documentário, deixando até de usufruir de alguns momentos de lazer, se viu decepcionado com a forma que Itabuna foi tratada.
A produtora Francesca Terra Nova e o repórter “Zé Raimundo” talvez jamais tennham sido tão bem recebidos em uma localidade, como foram aqui, mas fizeram questão de preterir Itabuna na edição.
As entrevistas e filmagens feitas aqui, seriam sim de total relevância ao conhecimento do público, como de alguns parentes, mesmo que distantes, que obtinham informações sobre onde nasceu o escritor, fotos etc,  e o depoimento do hisoriador Adylson Machado, que como poucos tiveram a oportunidade de ler todos os romances de Jorge, sequer tiveram importância.
Mas o que se pode constatar, é que o programa em si, foi uma chamada para a exibição da novela Gabriela, que se inicia semana que vem. Uma propaganda xula do novo folhetim global, que com certeza foge a originalidade.
Comemoramos em 2012 o centenário de Jorge Amado, mas pela importância dele, as comemorações deveriam ser preparadas com mais antecedência, não as pressas e a toque de caixa, como se pode observar.
É chegada a hora das autoridades Itabunenses reivindicarem o que é de direito, trabalharem mais pela cultura da nossa cidade, tão esquecida e menosprezada ao longo dos anos.
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