quarta-feira, 4 de abril de 2012

PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ITABUNA DECRETAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO



Os 1,4 mil professores da rede municipal de ensino em Itabuna vão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, 9. A decisão foi tomada em assembleia encerrada no início da tarde de hoje, 4. Os professores rejeitaram a proposta do governo, de conceder reajuste de 15% para os níveis II e III e 22,22% apenas para os educadores do nível I.

O reajuste seria escalonado. O governo pagaria 8% já a partir deste mês e o restante, 7%, a partir de outubro. O prefeito Capitão Azevedo (DEM) e o secretário de Educação, Gustavo Lisboa, disseram que não há como atender à proposta dos professores, que reivindicavam reajuste linear de 22,22% para todos os níveis.

Além do reajuste, os professores exigem que o governo melhore as condições de trabalho da categoria, ofereça transporte para os educadores que trabalham em escolas situadas na área rural e também repasse em dia o vale-transporte.

O sindicato da categoria, o Simpi, deve emitir nota até o final desta quarta com esclarecimentos à população. O sindicato comandou as paralisações ocorridas na semana passada, quando ficou acordado que os professores dariam apenas duas horas de aula por turno, como forma de pressionar o governo.

LISBOA DIZ QUE NÃO HÁ COMO CONCEDER REAJUSTE MAIOR

Ouvido pelo PIMENTA, o secretário da Educação, Gustavo Lisboa, disse que não há recurso novo para pagar reajuste de 22,22% para todos os níveis. Segundo ele, o aumento rejeitado pela categoria é o maior já oferecido até agora pelo município.

O secretário disse que ainda não foi comunicado oficialmente da greve por tempo indeterminado, mas fez um alerta aos professores: o prazo para enviar á Câmara qualquer projeto de aumento salarial vai até o dia 10, por causa da legislação eleitoral. A partir desse prazo, o município só poderá discutir reposição de perdas salariais, que neste ano fica em torno de 6,5%.

A contraproposta do governo, de acordo com o secretário, é maior dos aumentos já oferecidos pelo governo municipal (22,22% para o nível I e 15% escalonado para os demais níveis). Ele lembra que em 2009 foram 9,41% para o nível I e 8% para os níveis II e III. Já em 2010, o aumento foi de 12% para todos os níveis, alcançando 15,85% em 2011, também de forma linear.

- Não há mais nenhuma discussão para ir adiante. Ninguém vai ser irresponsável a ponto de dar aumento sem capacidade de pagar. Muitos dos municípios que talvez tentem garantir o piso podem chegar ao fim deste ano devendo 2 ou 3 meses de salários.

O secretário disse não entender o porquê da greve já que o aumento concedido agora é o maior de todos os anos do atual governo. “Alguma coisa está errada”, observou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário