sexta-feira, 20 de abril de 2012

Espantoso: Doença está aleijando todos os filhos de uma família em Itamaraju

 A dona de casa Valdete Batista da Gama, a “Dona Dete”, 67 anos, natural de Cícero Dantas, na região semi-árida da Bahia, e moradora de Itamaraju há 27 anos, que reside no Caminho 9, Casa 18, no Conjunto Habitacional Urbis-II, na zona leste da cidade, pode ser chamada de uma mulher guerreira e heroína. O dia a dia desta incansável lutadora é exemplo e inspiração para uma reflexão sobre a valorização da vida. Ela cria e cuida sozinha dos seus 4 filhos acamados, atingidos por uma hereditariedade ou um fator de variabilidade genética até então desconhecido pelos médicos e, ainda vive a expectativa de ter seu 5º filho também atingido pela doença que já começou manifestar-se.

“Dona Dete” conta que teve 25 filhos e 10 deles morreram quanto fetos ou ainda crianças, atingidos possivelmente pelo problema. Quinze estão vivos e muitos deles morando em outras cidades dos estados da Bahia e Espírito Santo. No entanto, há 34 anos, o seu filho mais velho, José Erivaldo dos Santos, hoje com 49 anos, passou a perder as forças para locomover-se, e há mais de três décadas está em cima de uma cama. O segundo da família a ser atingido foi a filha mais velha, Maria José dos Santos, hoje com 46 anos, acamada há 20 anos.
O outro filho de dona “Dete”, de nome Ivanildo dos Santos, com 44 anos, também está acamado há 20 anos. A outra filha da dona “Dete”, Eliane Gama dos Santos, hoje com 36 anos, há 12 foi atingida pela doença e nunca mais se levantou. Todos são alimentados com a ajuda da mãe e tomam banho somente pelos esforços da dona “Dete”. Tanto os dois rapazes, quanto as duas moças, ouvem e entendem tudo que falamos e são apaixonados por rádio, mas não se movimentam e nem falam. Quando são atingidos no nível de dormência total, eles perdem os dentes. Segundo dona “Dete”, a doença é silenciosa e aos poucos vai enfraquecendo os ossos e inutilizando a pessoa para a lida diária até ao ponto de se deitar e não levantar mais.

“Dona Dete” conta que o seu filho mais jovem, Roberto Gama dos Santos, 26 anos, também começou a ser atingido e já perdeu a habilidade do corpo em 50% e ela teme que o seu estágio seja igual ao dos outros quatro irmãos, mas o rapaz é forte e não quer aceitar o problema. “Dona Dete” conta que já levou os filhos com a ajuda de amigos para todo tipo de especialista, mas até hoje os médicos não sabem o que está acontecendo, e apenas dizem que o problema é genético por causa do sangue dela com o do marido que não são compatíveis.
Há 10 anos, o marido da “Dona Dete”, o lavrador Edvaldo Manoel dos Santos, hoje com 70 anos, perdeu as forças para lidar com a problemática da doença que atingia seus filhos e abandonou todos eles, e nunca mais voltou para casa. “Dona Dete” lida com os filhos com todo amor, carinho e diz que só quer de Deus vida longa e saúde para continuar cuidado dos seus filhos. Todos na residência vivem do beneficio do INSS de três dos seus filhos deficientes, cujo favorecimento previdenciário contribui na higiene da casa e de todos eles e, principalmente, para a alimentação e nas compras das fraldas, cadeiras adaptadas para o banho, colchões adequados e cadeiras de rodas.

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