sábado, 28 de abril de 2012

Diretores revelam ingredientes do sucesso de Avenida Brasil


Uma novela cheia de emoção, amores, vilanias e muito humor. Com duas semanas no ar,

Avenida Brasil já é alvo de muitos elogios, tanto pela trama, como pelas atuações e estética belíssimas. Ricardo Waddington, diretor de núcleo da novela, e os diretores-gerais Amora Mautner e José Luiz Villamarim explicam o conceito criado para Avenida Brasil.

Primeira fase X Segunda fase


A primeira semana no ar foi repleta de drama e tensão no conflito entre Carminha (Adriana Esteves), Genésio (Tony Ramos) e a pequena Rita (Mel Maia). “Esse período foi o DNA da novela”, explica Waddington. Doze anos se passam na história e, na segunda fase, o público pôde perceber mais leveza na narrativa. “É a mesma novela que se reiniciou em um outro tom. Outros personagens vão crescer e as histórias paralelas tomam a sua importância também”, ele completa.

Na história, a heroína Nina (Débora Falabella) e a vilã Carminha se passam por pessoas que elas não são. Mas o diretor faz questão de frisar que a dualidade só existe na ficção, afinal, o público sabe quem é quem. “O início faz o público entender a Nina como uma heroína, por mais que ela tenha atos questionáveis. Assim como sabem que a Carminha é a vilã, por mais que ela faça toda a pose de mulher de família e boazinha”, explica. Para Ricardo, dirigir personagens que oscilam de caráter é uma delícia, um diferencial. “É o chantilly, uma coisa a mais para nos inspirar no dia a dia de uma gravação de novela”.

Diferencial

Para Amora Mautner, o tema do subúrbio é um dos maiores diferenciais da novela: “Os moradores do subúrbio são os maiores consumidores, ditam moda. Eles não consomem o que a classe alta dita, agora, eles que ditam. Eles influenciam tudo”. Na opinião de Villamarim, essa novela se destaca pela linearidade da trama. “Hoje em dia as novelas costumam ter núcleos separados, enquanto essa é nuclear. Essa trama me lembra muito um romance, conta uma história só, sem sentir uma divisão.”

Estética


José Luiz Villamarim compara Avenida Brasil a um filme argentino. “É simples, sem exagero e sem muitos movimentos de câmera. Não queremos que a câmera apareça e sim o ator, o texto e a história. Filmamos com muita simplicidade e procuramos a verdade dos atores”. Isso tudo faz parte do conceito criado para a novela. “A gente conceituou uma novela onde o importante são os atores e o texto”, concorda Amora.

Villamarim ainda explica que, pela primeira vez em uma novela das nove, está sendo usada câmera de cinema com lentes de distância focal fixa (ao invés de mexer no zoom, a lente é trocada para proporcionar maior nitidez). “Traz uma qualidade genial, fica muito mais bonito esteticamente e a fotografia fica melhor. É muito mais difícil de trabalhar, mas é o que queríamos de qualidade de imagem”.

“Avenida Brasil é extremamente brasileira e emociona”, arremata Villamarim. A novela já é um sucesso e promete muito mais.

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