quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Três prédios desabaram na noite de quarta-feira (25) perto da Cinelândia. Até as 17h desta quinta, 4 mortos foram encontrados, segundo Defesa Civil.

O trabalho de resgate em meio aos escombros dos três prédios que desabaram no Centro do Rio de Janeiro continua no início da noite desta quinta-feira (26). O G1 chegou próximo ao local do desabamento, onde bombeiros, cães farejadores e muitas máquinas removem os escombros em busca de vítimas.
Por volta das 17h, a Secretaria estadual de Defesa Civil informou que foi um quarto corpo foi encontrado sob os escombros. No total, são três homens e uma mulher.
Antes da localização do primeiro corpo, o prefeito Eduardo Paes disse que as equipes buscavam 19 pessoas desaparecidas. Segundo o prefeito, o número, no entanto, poderia ser alterado, já que ainda não havia uma lista oficial.
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Nesta tarde, era possível ver muita fumaça saindo do prédio número 6 da Avenida Almirante Barroso, que foi atingido pelos escombros do desabamento dos outros três imóveis. A fumaça negra saiu do prédio por cerca de uma hora, assustando quem estava no local.
A dentista Carmem Lúcia Mello Ferraz, de 44 anos, contou que desceu 14 andares de escada ao sentir o tremor na noite de quarta-feira, e conseguiu escapar. Segundo ela, do nono ao sétimo andar as paredes das escadas caíram e ela conseguiu ver o estrago dos prédios ao lado. A dentista explicou que a lateral do seu edifício fica na Avenida Treze de Mario e as paredes das escadas são juntas às do prédio de 10 andares que veio abaixo.
Já o advogado Cláudio de Taunay trabalhava no 16º andar e tentou descer pelas escadas, mas como o 7º andar já estava obstruído pelos destroços, teve de subir todos os lances novamente e acabou resgatado do terraço pelos bombeiros. 
Prédio atingido por escombros do desabamento no Centro do Rio (Foto: Carolina Lauriano/ G1)Prédio atingido por escombros do desabamento no Centro do Rio
Feridos e desaparecidos
De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, seis pessoas ficaram feridas. Até o início da tarde desta quinta, três seguiam internadas no Hospital Souza Aguiar. O quadro mais grave é o da mulher que teve lesão no couro cabeludo e passou por cirurgia.

A subsecretária de Assistência Social do município do Rio de Janeiro, Fátima Nascimento, disse no fim desta manhã que 21 famílias buscavam por parentes que estavam nos prédios. Os parentes foram levados para uma sala na Câmara Municipal, onde aguardavam informações sobre os trabalhos.
Segundo Paes, a principal hipótese é que o desabamento tenha sido causado por um dano estrutural, já que não há informações sobre explosão ou vazamento de gás. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) informou que obras "ilegais", sem registro no conselho ou na prefeitura, eram realizadas no 16º andar.

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